O Ministério Público Federal entrou com um recurso, nesta sexta-feira
(11), contra a decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, desembargador federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, que
determinava que o Instituto Nacional de Pesquisas Nacionais (Inep) e o
Ministério da Educação (MEC) poderiam anular 13 questões dos alunos do
Colégio Christus, de Fortaleza. O julgamento do recurso ocorre na
próxima quarta-feira (16).
O MPF quer que vigore a decisão anterior da Justiça Federal do Ceará
que previa o cancelamento das 13 questões para todos os estudantes do
país, não apenas aos alunos do Christus.
O Ministério da Educação afirmou, por meio de sua assessoria de
imprensa, que o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
Paulo Roberto de Oliveira Lima, fez Justiça ao dimensionar o problema no
tamanho dele. Ainda, de acordo com o MEC, não há indicativo de que as
questões tenham vazado para outro alunos, além dos do Colégio Christus.
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MEC diz que são 14 as questões anuladas do Enem para alunos do CEVeja a cronologia do caso Enem 2011TRF-5 decide suspender liminar sobre anulação de questões do EnemDecisão sobre Enem afeta 99,9% que não têm nada a ver, diz HaddadO MEC ainda afirmou que acha injusto que estudantes do resto do país que não têm nada a ver com uma guerra mercadológica entre escolas de elite de Fortaleza tenham as questões canceladas. O MEC confia que o Tribunal manterá a decisão do TRF, de suspender as questões somente ao colégio envolvido.
MEC diz que são 14 as questões anuladas do Enem para alunos do CEVeja a cronologia do caso Enem 2011TRF-5 decide suspender liminar sobre anulação de questões do EnemDecisão sobre Enem afeta 99,9% que não têm nada a ver, diz HaddadO MEC ainda afirmou que acha injusto que estudantes do resto do país que não têm nada a ver com uma guerra mercadológica entre escolas de elite de Fortaleza tenham as questões canceladas. O MEC confia que o Tribunal manterá a decisão do TRF, de suspender as questões somente ao colégio envolvido.
Entenda o caso
A antecipação de questões foi revelada em 26 de outubro, três dias após o Enem, quando um aluno do colégio cearense publicou, em seu perfil no Facebook, fotos de quatro apostilas distribuídas por um professor. Segundo a escola, as questões fariam parte de um banco de perguntas que o colégio recebe de professores, alunos e ex-alunos para promover simulados.
A antecipação de questões foi revelada em 26 de outubro, três dias após o Enem, quando um aluno do colégio cearense publicou, em seu perfil no Facebook, fotos de quatro apostilas distribuídas por um professor. Segundo a escola, as questões fariam parte de um banco de perguntas que o colégio recebe de professores, alunos e ex-alunos para promover simulados.
O MEC constatou que a escola distribuiu os cadernos nas semanas
anteriores ao exame, com questões iguais e uma similar às que caíram nas
provas realizadas no sábado (22) e domingo (23) e, no próprio dia 26,
cancelou as provas feitas pelos 639 alunos do colégio.
Na época, o Ministério deu aos candidatos do Christus a oportunidade
de refazer o Enem em 28 e 29 de novembro, dias nos quais o exame será
aplicado para pessoas submetidas a penas privativas de liberdade e
adolescentes sob medidas socioeducativas. Mas insistiu que o problema
não afetou os demais estudantes do Brasil e, portanto, não havia a
necessidade de anular as questões.
O Ministério Público Federal do Ceará, porém, entrou com uma ação
judicial para anular o Enem 2011 para todo o país, ou pelo menos as
questões antecipadas. O procurador da República Oscar Costa Filho,
responsável pela ação, defendeu que a anulação parcial ou total em todo o
Brasil são as únicas formas de manter a isonomia do Enem em território
nacional.
O juiz federal Luís Praxedes Vieira analisou o caso na segunda (31) e
ouviu a defesa do MEC, apresentada pela presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman. A
Justiça optou por não cancelar a edição deste ano do Enem, mas anulou 13
questões para todos os mais de 4 milhões de estudantes que fizeram as
provas. Após a conclusão da análise compartiva, o MEC anulou a 14ª
questão.
Do G1 PE
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