Caros Colegas, Técnicos e Estudantes da UEPB,
Vivemos um momento difícil. O efeito prático do descumprimento temporário da Lei da Autonomia.
Digo temporário porque tenho convicção de que iremos reconquistá-la, o
que refletirá na qualidade, nas possibilidades, na potencialidade das
nossas ações.
Fomos agredidos, fomos classificados como uma Casta usurpadora do dinheiro público, como se nosso trabalho não existisse.
Temos sido atacados de forma violenta cotidianamente e esta violência
da qual hoje somos alvo poderá ocorrer, no futuro, contra qualquer um
que ousar não aceitar as determinações daqueles que, a partir dos seus
julgamentos de valores, consideram nosso trabalho irrelevante.
Diante da baixa estatura do pensamento oficial, devemos nos calar?
Minha resposta é NÃO.
Devemos continuar lutando.
Mesmo que a ação na posse dos nossos colegas tenha sido considerada inoportuna.
Estamos lutando para que a UEPB, através do PRIMEIRO MESTRADO
PROFISSIONAL DO BRASIL EM FORMAÇÃO DE PROFESSORES seja um espaço efetivo
da formação continuada, tão necessária para a melhoria da Educação
Pública.
Estamos lutando para que o MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS E
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, com todas as vagas destinadas aos colegas docentes
das redes estadual e municipal, continue cumprindo sua função de formar
profissionais de alta qualidade.
Estamos lutando para que nossos estudantes do ensino médio, da
educação Infantil, do ensino fundamental , da creche, da graduação e da
pós-graduação, possam construir um Brasil realmente desenvolvido e
inclusivo.
Não temos do que nos envergonhar.
Se nossos colegas que estavam tomando posse sentiram-se ofendidos, pedimos nossas mais sinceras desculpas.
Estaremos sempre juntos, porque somos todos trabalhadores em educação.
Devemos sentir vergonha do cinismo, da manipulação, da mentira.
Sou gestora da UEPB, sou responsável pelos recursos públicos que a UEPB recebe para cumprir sua função social.
A acusação, as insinuações de má utilização destes recursos, feitas
pela maior autoridade do Estado, o Governador Ricardo Coutinho, têm que
ser apuradas.
Não da forma como o Governo quer fazer, como se fosse um jogo no qual quem tem a maior, melhor ou mais belicosa torcida vence.
Recentemente, a Secretária de Finanças do Estado disse na imprensa
que eu tinha me apropriado, de forma criminosa, de 15 milhões de reais.
Muito em breve, através de uma ação judicial que impetramos, saberemos quem cometeu um crime: roubo ou calúnia.
É hora de buscar as outras instituições constituídas do Brasil.
É hora de não fugir da luta.
É hora de fazer valer nossos direitos, sob pena de maiores danos atingirem tantos outros.
Caros colegas e estudantes, se há algo fiz que tenha lesado o interesse público, pagarei pelos erros supostamente cometidos.
Porém, se não os cometi, não aceitarei calada as acusações, venham de onde e de quem vierem.
Lutemos sempre por Liberdade e Segurança.
Marlene Alves
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